quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

As Chuvas e o Lixo em Ribeirão Preto

Ê chuvinha que não para, hein?
Em épocas como essa, devemos redobrar a atenção quanto à questão do lixo, principalmente pelo perigo de enxentes. Confira a matéria retirada do site do grupo de estudos ELO:(http://falagrupoelo.blogspot.com/)

Ribeirão Preto produz 600 toneladas de lixo por dia e garis lamentam sujeira

A Prefeitura de Ribeirão Preto investe R$ 54 milhões por ano na limpeza da cidade, mas os 450 funcionários contratados para o serviço são insuficientes para manter todos os bairros em ordem. Não é difícil imaginar o motivo: considerando que cada pessoa produz, em média, um quilo de lixo por dia, em Ribeirão são 600 toneladas diariamente.

Quem trabalha varrendo as ruas da cidade sabe o que esses números significam. Os garis encontram todo tipo de sujeira nas calçadas e sarjetas. “Roupa velha, sapato velho, o mais absurdo: fraldas de bebê. A gente fica triste, né? Nasceu, foi criado aqui, cada dia tem mais lixo”, diz a varredora Gilmara Silva Ferreira.

Desentupir os bueiros também não é um trabalho fácil. Os funcionários utilizam dois caminhões e uma pá carregadeira para retirar o lixo levado pela enxurrada, que entope as bocas de lobo. “A gente fala com o pessoal, mas eles não cuidam das bocas de lobo. Fica uma sujeira danada. Super litro, saco plástico, caixa de papelão, vai tudo parar nas bocas de lobo. Porque ela que puxa a água da chuva, o asfalto não puxa a água. As bocas de lobo têm que estar sempre limpas”, diz o funcionário Carlos Antônio Alves.

No último domingo (9), a equipe do EP Ribeirão registrou um trecho alagado no cruzamento da Rua Aliados com a Avenida Marechal Costa e Silva, por causa do lixo que impedia o escoamento da água da chuva pelo bueiro.

Já no Ipiranga, um terreno da prefeitura acabou se transformando em depósito de lixo e entulho, assim como muitos outros de Ribeirão. Pelo menos uma vez por mês é preciso limpar o local. Quando chove, o problema piora porque a sujeira se espalha pela rua. “Para tirar toda essa lixaiada (sic) vai uns sete ou oito caminhões. E dentro de cinco, seis dias, já está tudo sujo”, afirma o operador de máquina José Marino Catixte.

Falta conscientização

O Educador Ambiental e Pesquisador do Grupo de Estudos da Localidade, Doutor Antônio Vitor Rosa, explica que o mau hábito de jogar lixo na rua pode ser explicado pela história, mas não justificado. “Quando tínhamos todos os materiais que eram orgânicos, era comum as pessoas jogarem para a natureza e isso ir degradando. Quando começamos a ter muitos materiais artificiais, a natureza não consegue. Então é um fenômeno muito recente, esse da gente ter materiais que não conseguem ser degradados e isso traz ainda um pouco da cultura anterior”, explica.

Segundo Rosa, as mudanças no estilo de vida com a urbanização precisam ser acompanhadas pelo comportamento da população. “São vários fatores que levam a isso. Muitas vezes falta um local adequado para destinar, uma lixeira ou um coletor. Outras vezes é o próprio comportamento da pessoa, porque desde que ela nasceu isso é feito naturalmente. A gente precisa perceber o impacto que isso gera”, conclui.


Separar o lixo reciclável e reutilizar materiais são pequenas ações que fazem toda a diferença nessa questão. Pense na hora de descartar o que você não precisa mais e tenha certeza de dar o destino correto aos materiais!

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