quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Campanha de Arrecadação de Bens e Serviços

Comunicado Oficial - CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO BENS E SERVIÇOS

ESTAÇÃO LUZ ESPAÇO EXPERIMENTAL DE TECNOLOGIAS SOCIAIS, associação de defesa dos direitos sociais, que possui seu PROGRAMA RAIO DE LUZ DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE (EAS) NÃO FORMAL, devidamente registrado junto ao CMDCA, vem solicitar o apoio de todas as entidades vinculadas à REDE CRESCER DE ARTICULAÇÃO SOCIAL e das vinculadas ao COMDEMA, onde temos assento, bem como das pessoas vinculadas ao movimentos Coletivos, à nossa campanha de arrecadação de bens e serviços, lançada hoje, 16.10.2012, que visam, em caráter de urgência, recuperar nossa Sede Social, não só danificada em sua estrutura física (cercas, tela do viveiro, portas, fechaduras, sistema de alarme, etc), e de onde foram também furtados elementos essenciais à nossa continuidade.

O Programa Raio de Luz promove a educação ambiental como ferramenta prática com capacidade para construir estes processos. A definição adotada de educação ambiental considera “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

Sem nenhum apoio financeiro, público ou privado, neste ano de 2012, e contando basicamente com a força do voluntariado e dos bolsistas da USP, dentro de uma energia profundamente amorosa, prosseguimos disseminando esses conceitos através de vivências à luz da permacultura, ferramenta analítica transversal às temáticas centrais de democracia e participação popular, cidadania cultural, inclusão e sustentabilidade, reforma urbana. Atendemos um público de mais de duzentas pessoas, que continua a se expandir, adotando uma gestão circular, modelo e liderança baseado nas idéias do Milionésimo Círculo, de Jean Bolen, e do movimento das Ecovilas. É um novo paradigma de desenvolvimento organizacional.

As ecovilas, assentamentos humanos auto-sustentáveis, são modelos que pretendemos provar se aplicam ao ambiente urbano, principalmente em espaços ecopedagógicos . É um movimento em ascensão, contando hoje com cerca de 15 mil comunidades no mundo inteiro , que possibilita a troca de informações em áreas como agricultura (bio-dinâmica e permacultura), bio-construções (materiais reciclados), saúde, governança (liderança circular) e transculturalidade (aceitar o diferente, sem dogmas; celebração.

Para evitar a paralisação de nosso Programa e do atendimento à comunidade, contamos com o imprescindível apoio da Rede, inclusive das entidades vinculadas ao COMDEMA, para doação de quaisquer bens e serviços, listados ou não. Tudo é bem vindo neste momento crítico.

O link com a lista completa de materiais e formas possíveis de ajuda se encontra em https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0Aq1HVGIZsQZPdFFEVFFUeE5VT2gzOEd6aWlJMENMeXc#gid=0 .
Antecipadamente grata,

JUNCO LUCI OKINO

Presidente

LOCAL DE ARRECADAÇÃO: RUA AMAZONAS, 265 – CAMPOS ELÍSEOS - Ribeirão Preto (SP)

sexta-feira, 12 de outubro de 2012




Empresa lança perfume extraído de folha da Amazônia

Produto de marca paraense preserva árvore nativa da região

Rio de Janeiro - Um óleo extraído da folha do pau-rosa, espécie protegida por lei, é a base da Eau de Parfum L'Amazonie. O produto está sendo lançado pela empresa paraense Chamma da Amazônia, uma das 24 empresas que participam Feira do Empreendedor, que o Sebrae realiza na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, até sábado (23).
“Antes, o que se sabia é que apenas o tronco concentrava o óleo e, para extraí-lo, a árvore era derrubada. Por isso, nunca quis trabalhar com essa espécie ameaçada de extinção. O uso do óleo da folha abre uma nova possibilidade comercial, sem prejudicar o meio ambiente”, explica a empresária Fátima Chamma.
A extração do óleo da folha é resultado do trabalho do pesquisador Lauro Barata, com quem a Chamma fez uma parceria.  A essência foi desenvolvida pelo perfumista francês Olivier Paget, da Mane do Brasil.  
A Chamma tem uma linha de 160 itens - entre perfumariua, óleos e cremes à base de produtos da Amazônia, como andiroba, cupuaçu, castanha e copaíba. A empresa tem representantes comerciais em São Paulo (SP), Brasília (DF), Salvador (BA) e Manaus (AM) e mantém ainda uma loja virtual.
A empreendedora afirma que a empresa fundada pelo pai sempre teve compromisso ambiental, o que se reflete na qualidade e inovação constante nos processos de produção. A Chamma da Amazônia compra matéria-prima apenas de fornecedores certificados. “Quem veio para ficar no mercado não pode simplesmente derrubar uma árvore para tirar o que precisa. Precisamos ter compromisso com o futuro. Não é à toa que a Chamma está no mercado há mais de 50 anos”, reforça a empresária.

Gestão Circular

Márcia P. Dias, psicóloga e consultora organizacional

Márcia tem se dedicado a difundir, principalmente em empresas, esse modelo de liderança baseado nas idéias do Milionésimo Círculo, de Jean Bolen, e do movimento das Ecovilas. É um novo paradigma de desenvolvimento organizacional.

As ecovilas são assentamentos humanos auto-sustentáveis. É um movimento em ascensão, contando hoje com cerca de 15 mil comunidades no mundo inteiro , que possibilita a troca de informações em áreas como agricultura (bio-dinâmica e permacultura), bio-construções (materiais reciclados), saúde, governança (liderança circular) e transculturalidade (aceitar o diferente, sem dogmas; celebração).

Jean Bolen é psicanalista junguiana. O Milionésimo Círculo é inspirado no experimento científico denominado O Centésimo Macaco, que demonstrou que um aprendizado adquirido por um grupo de símios em uma ilha isolada acabou se propagando, de forma espontânea, para macacos que habitavam em outras ilhas. Um grupo cria uma massa crítica que transcende seus próprios limites e se transmite pelo ambiente onde se encontra. Segundo a pesquisadora, um milhão de círculos propagando o novo modelo de mundo que queremos poderá atingir a humanidade inteira e mudar o planeta, instaurando a nova era pós-patriarcal
O círculo não é hierárquico, ele permite que todos olhem para todos em uma situação de igualdade. O fluxo de energia se concentra no centro, com a união de todos os raios. Na ponta de cada raio estão os participantes do círculo. Essa disposição propicia maior poder à organização, bem como o compartilhamento coletivo das experiências individuais: é uma nova forma de organização humana. O círculo cria um continente cuja criação só depende de nós mesmos. Mas é um espaço permeável e retro-alimentável. Ele é um campo mórfico vivido pela humanidade há milhares de anos, comprovado pelo estudo das tradições. O homem perdeu esse conhecimento e agora busca resgatá-lo.

A gestão circular é integrada ao movimento de desenvolvimento sustentável. Ela também pode ser adotado em muitos aspectos de nossa vida. Comecemos dispondo as cadeiras em círculo, em nossas reuniões, sepultando de forma definitiva as tradicionais plenárias. Temos que combater a ilusão da separatividade, que faz com que nos vejamos fragmentados. O mundo está muito quadrado, yang, masculino, cartesiano. O círculo traz o equilíbrio entre os oposto, resgatando o feminino e buscando a complementaridade. A idéia é de que todas as coisas podem ser parceiras e haver cooperação entre o que é dual.

Na estréia do caderno de Gestão do jornal Zero Hora, foi dito que "é questão de tempo para que nos organogramas das empresas passe a existir o Conselho de Sustentabilidade". Esse conceito está se tornando um instrumento de governança, agregando-se às estratégias de ação das organizações.

Nós, enquanto seres espirituais, escolhemos o tempo atual para vivermos na terra, uma época desafiadora, onde temos que saber lidar simultaneamente com a luz e com a sombra. Um outro mundo é possível, e um dos meios para alcançá-lo é através do caminho da sustentabilidade.

As empresas se preocupam com a instabilidade do mercado e vêem crise diante do menor sinal de incerteza. No entanto, quando se centra, se coloca foco, a insustentabilidade, que é o que provoca as crises, se torna previsível. E esse cenário não se modificará se os movimentos necessários não acontecerem. A sustentabilidade depende do equilíbrio de muitos fatores, busca atender às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras.

A gestão circular traz as ferramentas para as organizações tornarem a vida sustentável, que é o nosso objetivo maior. Ela convoca as pessoas a se tornarem líderes, em primeiro lugar de nossas próprias vidas. Estamos sempre liderando alguma coisa. Não temos mais pelo que esperar para pôr a mão na massa, para fazer a diferença. O momento de agir é AGORA! Lembrando o antigo ditado: "Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece." Podemos mudar a forma como nos colocamos no mundo, a partir de gestos simples, como implementar a coleta seletiva de lixo no prédio onde moramos.
Esse modelo é mais democrático do que as outras maneiras de gestão, influindo diretamente nas relações de poder. Reconstrói-se uma forma de relacionamento destruído pelo patriarcado. A mudança só vai acontecer quando nos mudarmos e passarmos a ouvir o outro. A gestão circular faz com que identifiquemos as formas que lidamos com o poder e aprendamos a compartilhá-lo de verdade. Percebe-se que a liderança se alterna, é fluídica, depende de cada situação, de cada momento. Torna transparente a sinceridade que aceitamos o empoderamento de cada um. O líder deve saber entregar seu poder, e não apenas simular. O círculo reconhece o poder do outro, a existência de mais de uma verdade. Pede experimentação: liderar e ser liderado. É um novo formato para a vida da gente.

Márcia Dias relatou sua participação em duas experiências distintas: em um círculo de mulheres, que se reúne mensalmente, sempre liderado por uma pessoa diferente, e no Conselho Gestor da UNIPAZ -SC((Universidade Holística, de Florianópolis), integrado por 23 membros.

Hoje os governos gastam bilhões com hospitais: uma parcela ínfima desse dinheiro daria mais retorno em saúde pública se fosse aplicado nos processos de participação popular, como o movimento das cidades saudáveis. O modelo ainda vigente é o de acumular energia e amedrontar as pessoas.

Prestamos mais atenção ao calendário e só percebemos a sincronicidade apenas quando nos interiorizamos. Capra declarou que levará pouco tempo para as organizações perceberem que devem mudar seus sistemas para sincronizarem com a natureza, com a vida, objetivando atingir a sustentabilidade. Segundo alguns, é hora de sair do Admirável Mundo Novo e ir para o mato - ou jardim ... Como estamos cultivando nossos jardins? É chegado o momento de nos tornarmos líderes, assumindo nosso papel onde for necessário e possível.

Fonte: http://www.ecosust.org.br/textos/gestao_circular.html